"Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e
sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade."
(Nietzsche)


segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Sinto...

Há dias venho tentando postar alguma coisa decente aqui...
Enfim, vale qualquer coisa!
Queria explicar como me sinto, de verdade...
Posso dizer que dificilmente me sinto assim.
Já faz tempo que alguém consegue me trazer paz. Que eu consigo me sentir apoiada. Que sinto falta do calor de um abraço, da maciez de um beijo, daquela perna enroscada na minha.
Há tempos eu não cogito a possibilidade de um relacionamento sério, que não me imagino ao lado de alguém daqui a algum tempo.
Incrível como o destino nos cerca e implacavelmente nos envolve em suas teias. Nos momentos em que fazemos escolhas decisivas para nossa vida, o universo conspira em direção oposta. Você decide que se basta, ele outorga sua dependência.
Machado de Assis, muito dono das palavras dizia que "A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito." Politicamente, discordo dele. O tolo que diz ter apagado algo da sua vida, além de tolo é mentiroso. Não existe uma borracha-racional que consiga apagar tudo aquilo que, não mais, desejamos lembrar.
Shakespeare, tentava racionalizar: "O destino é o que baralha as cartas, mas nós somos os que jogamos." Me deixo levar por esse jogo intrigante, afinal, como diria o mestre Pessoa: "Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão."
Sim, Voltaire, "Aproximo-me suavemente do momento em que os filósofos e os imbecis têm o mesmo destino." Não era você mesmo quem dizia que "Paixão é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma. " Que, "As paixões são como ventanias que enfurnam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens nem aventuras nem novas descobertas."?
Eu quero navegar no escuro, mas como diria Victor Hugo, "O que é preto talvez não seja escuro."
Sim, eu sinto! E como é bom poder sentir!!!
Não é por conseguir ser malvada que me abstenho de sentimentalidades. É por ser mulher, e sentir o sangue quente pulsando em minhas veias, que deixo um verdadeiro tufão varrer minha racionalidade.
Aristóteles me mandaria doutrinar minhas paixões, enquanto Cronnolly me diria que "Quem domina suas paixões é escravo da razão".
Quando iniciei minha fuga meio desesperada em busca do controle das minhas emoções, tropecei numa pedrinha minúscula. Foi na sensação de desmoronamento que senti apoio: eram ombros fortes, mãos carinhosas e um sorriso estonteante.
Eu já tinha encontrado alguém, em quem confio... que mexeu comigo... que me entende. Mas, esse alguém nunca me deixava sentir. Pragmatismo é sempre bom, mas eu queria reciprocidade além de tudo isso! Bersani, traduz melhor do que eu: "Se a vida nos separa, o destino nos encontra."
Agora eu quero sentir toda essa reciprocidade descoberta!
Se eu puder sentir esse beijo macio todos os dias, eu serei feliz.
Se acordar com o mesmo beijo me desejando bom dia, começarei bem o dia.
Se me aquecer nesse abraço apertado e sorrir com as bobagens sussurradas ao pé do ouvido... ainda mais.
Se dormir com a perna enroscada na dele, sentindo sua respiração ofegante a me arrepiar... vou continuar a dormir tarde! [Risos]
Como diria o Gana: Pá, Malvadinha... estás apaixonada!
Bem, não consigo definir... Sei que, essa mão apertando minha nuca e essa sensação de dedos enroscados nos meus cabelos... me entontece.
Todos já sabem que eu adoro os canalhas... mas é sempre pelos mocinhos que me apaixono. E quando encontro um canalha em evolução para o estado mocinho, que além da beleza e manha felina, possui uma personalidade discrepante da minha e todos aqueles detalhes que deixam qualquer mulher embasbacada? [Pensando...]
É, o amor tem as suas razões, que a lógica não compreende, como o destino tem as suas ironias que a razão não explica.
Recorro uma vez mais a Nietzsche: "Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."
Com toda sentimentalidade que pede o momento...
Dele, e agora dele,
Srta Emy.

sábado, 15 de novembro de 2008

Caiu!

Sabe quando sua paciência esgota?
Sabe quando não se aguenta mais só ficar ouvindo alguém, que não tem nada com sua vida, badalando no seu ouvido?
Parentes que se acham família... ARGT! Minha família é composta por meus pais e os dois irmãos que me deram! Só e somente, só!
Mentiras???
É... eu tive que suportá-las!!!
Não sei de onde tirei coragem, fôlego, paciência, sangue frio.
[Respirando 50 vezes antes de continuar...]
Fiquei muito tempo da minha vida só ouvindo.
Deixei as pessoas falarem o que elas queriam sobre mim.
Mas, a gota d'água caiu!!!
Não consegui só ouvir... não!!!
Eu falei tudo que tava engasgado.
Respondi aos gritos, primeiramente, com sensatez.
E, por acaso, desequilibrados entendem quando a outra pessoa está tentando não partir para a baixaria?
Ah não... vem pisar nos meus calos, não!
Nem venham me dizer que o arrependimento da cobra vil e invejosa vai chegar...
Ela é vã... eu não preciso ser.
Inveja, essa é boa!
Cícero já dizia que "A inveja é a amargura que se sofre por causa da felicidade alheia". Eu adoro Marmontel por pensar como eu : "A competição é a paixão das almas nobres; a inveja, o suplício das almas vis."
Pessoas invejosas são capazes de fazer qualquer coisa para derrubar você.
O que dói é o arrependimento de ter ficado calada esse tempo todo...
Deixei de ser eu para conviver bem. No fim? Sou ruim e mentirosa! PODE???
Sou do tipo de esconder minhas doenças, meus problemas, minhas carências...
Daquelas que não sabem pedir nada, só porque acham que cada um já dá o máximo que pode.
Das que procuram não se meter na vida alheia por detestar que se metam na sua.
De mover mundos e fundos para ajudar um amigo, só porque gosta de ver novamente aquele velho sorriso.
De abrir mão daquela resenha de sábado com a sua turma, só para não se aborrecer no outro dia com piadas.
Do que me serve ser assim??? Respondo: De nada!
Ora, não sou santa coisa nenhuma... nem quero! Bah...
A Caixa de Pandora foi aberta bem na minha frente... vou lá esconder defeitos!
Eu peco e muito... eu minto algumas vezes... e nem sempre uma mentira boa, mas em maioria, mentiras que me poupam do mau-humor. Não minto para qualquer pessoa, nem por qualquer coisa. E a omissão não é também uma mentira, Canalha? [Ele tem razão!]
Está aí o castigo por me omitir esse tempo todo.
Aguenta Idiota... agora aguenta!
Os chineses que me perdoem, mas esse negócio de que "A palavra é prata, o silêncio é ouro" é balela! Fale... se não lhe derem ouvidos, GRITE!
Certo está Molière ao dizer que "Um tolo que não diz palavra não se distingue de um sábio que se cala." E ainda mais quando solta o : “Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer”.
Vou ser burra para todo o sempre, mas uma burra falante!
É Breton... "Uma palavra e tudo está salvo. Uma palavra e tudo está perdido".
Faço o quê??? Vou-me embora pra Pasárgada?
Sensação de estar sozinha no deserto... Será que é por realmente estar???
Bem, isso aqui vai ficar abandonado... moscas tomando conta...
Como diria Ward, “O pessimista se queixa do vento. O otimista espera que ele mude. O realista ajusta as velas”.

De mais ninguém...
Srta Emy.

sábado, 8 de novembro de 2008

Morra!

Por que as pessoas acham que podem ser quem elas bem entendem?
Por que elas acham que sempre podem esnobar?
Por que não se demonstra o que verdadeiramente se sente?
Por que iludir, se não se quer reticências?
Por que falar por falar, quando nem se quer ouvir?
Por que perco o meu tempo com tudo isso?
Por que não mando pra P.Q.P e pronto?
Por que não convido aquele gato que me dá o maior mole pra sair?
Por que não tenho aquela noite intensa com aquele que me dá tesão?
Por que não me despir de mim mesma e ser quem desejo?
Por que não páro de besteira e aproveito a vida?
Por que sempre tenho que cumprir protocolos?
Por que não invento de sumir e consigo essa proeza?
Por que não confundo minha cama com uma teia?
Por que não me enrosco nos lençóis e penso no que amo?
Por que preciso viver de traços rabiscados?
Por que tenho que sorrir risos mal dados?
Quer saber? Eu cansei...
Cansei de tentar agradar sem sucesso.
Cansei de dar tudo sem ter nada em troca.
Cansei de tentar sozinha.
Cansei de viver sua vida.
Cansei de chorar escondida.
Cansei de correr na sua trilha.
Cansei de viajar tão longe.
É... eu cansei...
Agora eu voltei a ser a malvada temida.
Eu vou sujar sua vida.
Vou derrubar os obstáculos que me rodeiam.
E desacatar as ordens alheias.
Remarcar todos os compromissos desfeitos.
Suavizar meu corpo em algum leito.
Sim, eu vou!
Mas, como?
Da mesma forma que o céu expulsa as nuvens.
Como a lua esconde o sol.
Da mesma forma que eu fico parada no tempo por horas a fio.
Do mesmo jeito que rejeito meu passado presenteando-me.
Issoooooo.......... tou cansadaaaaaaaaa!!!!!!!
Que me façam de boneca.
Que me tratem por criança.
Que me ponham de lado.
Que tentem me ludibriar.
Que consigam me acalmar.
Que me façam adiar meus planos.
Não! Agora parou!
Eu vou ser quem realmente sou...
E que venham malvadas e inconsequentes.
E que me falte senso e tática.
E que eu derrube tudo que se postar à frente.
Vou entorpecer o menino frágil.
Vou bebericar do cálice derramado.
Chega... de dissimular o que é óbvio.
De demarcar território alheio.
Manipular meu desejo proibido.
Assim... eu sigo sem medo, sem cobranças... sorrindo, satisfeita.
Espero, que não tenha sido em vão...
Meu ódio aclamado.
Meu repúdio escrachado.
Meu sorriso abafado.
Minha lágrima teimosa.
O balanço do samba encorpado.
A mímica do tango rebuscado.
A face por mim inebriada.
Agora, o que fazer???
Que morra você, ele, o outro, o quase, o pouco...
Que matem o gozo não sentido e abafado...
Que chorem pelo que eu não consigo sentir....
Que chamem a quem eu não conseguir...
Enfim... morra!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Aos meus colegas farmacêuticos


Eu poderia descrever pessoas, objetos e situações com extrema imparcialidade, se assim desejasse. Mas, agora que tento descrever como me sinto em relação aos colegas que, junto comigo, trilharam esses quase cinco anos de faculdade... as palavras se escondem!
Como ser imparcial ao relembrar os rostos daqueles calouros assustados? Com ânsia de conhecimento... com sede de novas amizades... com o coração repleto de sonhos.
Lembro, que a minha primeira impressão foi a de ter rumado na direção certa. Sabia que em meu destino deveriam aparecer pessoas como aquelas. Era um mundo novo, repleto de contrastes e de opiniões discrepantes. Mas, pouco a pouco, cada uma daquelas pessoas me cativou de forma ímpar. Aprendi a vê-las de outra forma... a admirá-las por mais irrelevantes que parecessem suas qualidades. Eu aprendi a torná-las, diferentemente entre si, parte da minha vida.
Poderia detalhar inúmeras reuniões de estudo, onde as químicas nos faziam perder o cabelo, onde a farmacologia nos fazia suar as mãos de nervosismo, onde as histórias fantásticas contadas nos faziam gargalhar. Em muitas outras, ao invés de estudar, discutíamos filosoficamente sobre relacionamentos ou sobre a profundidade da vida. Descrever as bebedeiras e porres homéricos já presenciados, as farras e mais farras onde nos esbaldamos. Eu, escrevo por outro motivo.
Nesse final de semana, peguei-me a contemplar a turma toda reunida. Todos posando para fotos, sorridentes, orgulhosos e sim, FELIZES. Foi nas lágrimas emocionadas de um desses companheiros, que meu coração parou para absorver cada detalhe daqueles momentos. Tive a impressão de que todos ali viram passar o velho filme, desde o início até a última foto... com direito a cada queda e a cada grão de poeira sacudido ao levantar.
Hoje, observei atentamente cada foto. O que fica nas fotografias? Somente imagens? Não! Os laços invisíveis que nos envolviam também ficam. As cores, as figuras, os sorrisos... a luz do sol passando sobre os nossos amigos e, até mesmo, o afeto por muitos desconhecido. Fica todo esse sentimento que o final se aproxima e essa etapa vai deixar saudades. Fica a vontade de, mesmo querendo se formar o quanto antes, retardar a quebra desse vínculo. Só para poder aproveitar um pouco mais do que passou despercebido até aí. Só para tratar aquela pessoa de outra forma. Só para que, algum tempo depois, possam apontar para a sua imagem e esboçar um sorriso terno... e sentir falta... e sentir que você também fez parte daquela conquista.

A Farmácia não é uma profissão fácil. Não é um curso qualquer. Não é para um quaquer. O farmacêutico é antes de tudo um forte. Mesmo quando é apontado como um mero balconista. Mesmo quando a equipe hospitalar não o valoriza. Mesmo quando a sociedade o desconhece por trás do exame diagnóstico, da pílula diária, da loção corporal. Manipulando a razão e a emoção para obter a cura, administrando a vida. Ele está sempre ali, disponibilizando seu conhecimento e trabalho. Cometendo o erro de não cobrar o devido valor da sua profissão.
E com toda a dificuldade de ser farmacêutico, aqui estamos. Por motivos diferentes, com estratégias diferentes, partindo para rumos diferentes... esperando que a entrega, a satisfação e a essência não sejam diferentes. Como diria Quintana, "Sonhar é acordar-se para dentro."
Eu gostaria de abraçar afetuosamente cada um dos meus colegas agora... e fazê-los perceber que nada nesses anos foi em vão.
Eu gostaria de dizer "muito obrigada" a todos, por me proporcionarem evolução profissional e pessoal, independentemente do momento em que isso ocorreu.
Eu gostaria de segurar a mão de cada e dizer que esse laço não precisa ser desfeito.
Eu gostaria de sentir tudo isso de novo, só para ter certeza que não perdi nenhum detalhe.
Se perguntem: Por que não o fiz???
Eu tentei dizer e fazer... as palavras engasgaram e eu segurei minhas lágrimas. Não por vaidade ou orgulho. Achei mais importante deixar tudo isso no meu sorriso, mesmo que eu não saísse bem nas fotos... pois era o meu sorriso que demonstrava o quanto eu estava nostálgica, emocionada e agradecida. No meu sorriso eu tentei passar o quanto eu gostaria de apertar esse laço e deixá-lo me envolver pra sempre.
Não seria justo se eu não escrevesse esse turbilhão de emoção que sacode meu peito.
Por aqui eu retribuo cada abraço que me foi dado, cada beijo desprendido, cada sorriso retribuído.
Por aqui eu digo o quão importante vocês foram para que eu me tornasse o que sou hoje.
Por aqui eu peço que revejam as fotos e tentem observar além da imagem.
Não posso deixar para dizer isso no dia da formatura, porque eu poderia não dizer da mesma forma, não descrever tão bem ou não ser fiel e me acovardar.
Segundo Voltaire, "Uma coleção de pensamentos deve ser uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males". Em meio a todas as fotos, façamos uma coleção de pensamentos para que entendamos o real sentido do momento.
Como em juramento diremos:
"E espero a graça divina do amparo, para que eu saiba cumprir com dignidade a minha profissão."
Aos formandos de Farmácia 2009.1 da UFRN, meu mais terno abraço e mais envolvente sorriso.


domingo, 26 de outubro de 2008

Sobre a raiva e afins

Hoje, eu acordei com uma ligação dele. Sem propósito, sem interesse... por algum motivo desconhecido. Ainda dormindo, resmunguei palavras torpes e disse que retornaria mais tarde.
Retornei... Conversa ainda sem propósito e sem interesse, mas uma boa conversa. Senti algo diferente. Não sei o quê, nem como!
Esse final de semana tinha sido importante para mim. Eu decidi encarar as coisas de outra forma. Percebi que eu não precisava ser sempre sincera, nem sempre prestativa. Resolvi não ligar mais para ele, pois isso incomodava. Vi que precisava prestar mais atenção aos outros caras que me ofertavam carinho, atenção, amizade... que eu estou sozinha por opção e que, definitivamente, namorar não era uma boa idéia. Decidi congelar esse blog, uma vez que o propósito dele não mais existia.
A praia estava ótima... eu conquistei mais um amigo... eu entendi que amizade não é, necessariamente, só amizade. Fui incrivelmente paciente com tudo aquilo que me irrita. Recebi elogios sem o pessimismo habitual. Sorri como há muito tempo não conseguia, mesmo com tudo dando errado... mesmo me sentindo vazia... mesmo não me entendendo.
Veio a noite e tudo isso desandou!
Maldito msn! Onde as frases precisam ser interpretadas e as pessoas sempre acham que te conhecem. O mesmo que vicia pelo simples fato de distrair. Aquele onde você fez amizades verdadeiras e que saíram do computador. A porcaria que te faz perder tempo ao invés de estudar. Um meio de conversar com seus amigos e sua família, mesmo distantes.
A culpa é minha, eu sei!!!!!!!!!
Não a culpa por ele ter um humor instável. Não! Culpa por ninguém acreditar que eu possa mudar. Por eu não me enquadrar na boazinha. Por deixar que as pessoas me achem superficial e clichê. Por essa minha inteligência-cega-burra, que me faz parecer previsível. Por esse meu lado passional estonteante.
Culpa por estar chorando!
Eu estou com raiva! Quando tenho raiva, eu choro... e fico com mais raiva. E nem me venha perguntar se eu choro porque tenho raiva, ou se tenho raiva porque choro. É um ciclo vicioso e viciante. Só sei que estou chorando e com raiva.
Raiva de mim, dele, do mundo...
Raiva por querer mandar todo mundo para a CASA DO CARALHO! [Pode me chamar de desbocada e mal-educada!]. ESTOU PUTA MESMO!!!!!!!
Está se perguntando o porquê, não é mesmo????
Porque eu sou de carne, osso e corre sangue nas minhas veias.
Porque eu tenho direito de ser tratada bem, quando trato bem.
Porque eu não sou "umazinha" qualquer.
Porque eu peço desculpas sem ter que pedir, só para me sentir melhor.
Porque eu sempre passo a impressão de que podem me manipular.
Porque nem eu mesma sei o porquê de postar essa porcaria!
Grosseria... eu odeio grosseria!
Mesmo que para você não tenha sido... mesmo que tenha sido sem intenção... mesmo que me peça desculpas!
Eu odeio mulherzinha... odeio dar chilique... odeio ter que odiar alguém.
Sabe o que mais odeio?
Odeio saber que essa minha raiva vai passar e vai acontecer tudo inúmeras vezes.
Porcaria de lágrimas teimosas. Teimam como eu... burras!
Morra enforcada em um pé de alface! Louca-desvairada-inconsequente!
Odeio essa minha falta de paciência constante... esse meu jeito "novela mexicana" de encarar as coisas... essa minha mania de morder o canto esquerdo do lábio inferior, enquanto balanço freneticamente a perna direita... essa minha coragem pequena de mudar tudo o que estava decidido, só porque nada disso faz sentido!
Eu quero a coragem dos loucos. A inconsciência dos fatos. A disciplina que eu perdi. Quero desengasgar esse grito preso. Esse sentimento conhecido de que já coloquei tudo a perder. Que meu coração grande murche e fique amargo, só porque eu estou triste! [Não era com raiva??] Que o mundo exploda e eu vá parar em Mercúrio, onde tudo ferve. Que eu não me sinta culpada sozinha.
Eu odeio esse meu orgulho besta! Que me impede de pedir o que preciso... não me deixa chorar o quanto eu quero... só por ser perigoso ser pega em tão estúpido flagrante!
Comportamento piegas o suficiente para você deixar de ler essa MERDA e procurar algo útil para fazer!
DESABAFEI!
Morra você, ele, eu, Mercúrio e tudo mais!
Como sempre sou idiota... desculpas pelo post tosco!
De acordo com Confúcio:"Um homem enraivecido está sempre cheio de veneno. Se não encontrar onde derramar, irá derramar dentro de si mesmo."
William Arthur profetiza: "É sábio direcionar sua raiva para problemas - não para pessoas; focalizar suas energias em respostas - não em desculpas."
Mas, eu não passo de uma idiota boazinha andarilha da maldade.
Sempre em contradição,
Srta Emy.
*P.S.: Foi THE END!!!!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O doce-de-leite-que-descongelou

Finalmente...
O Nerd-Canalha saiu do computador!!
Na verdade, pareceu que eu é que tinha entrado.
Não fui pontual no encontro... Calma, eu avisei! Foram só 15 minutinhos!!
Atravessando a passarela de um shopping para o outro, ele me reconheceu. Foi confuso, a câmera dele engana! Mas a expressão dos olhos era a mesma... o cheiro do perfume, já sabido, era o mesmo... o jeito de mexer no cabelo era o mesmo... a voz que eu ouvia nas madrugadas também era igual. O charme era maior...
Estávamos naquele ponto, onde é necessário sair do virtual. Tentar transportar toda aquela cumplicidade para o real. E eu, que nem sei pedir nada, sugeri o encontro... a promessa foi feita: se não fosse naquele sábado, não seria mais.
Tive medo de decepcionar, de verdade! Fui, disposta a ser eu... sem jogos, sem dissimulações, sem expectativas grandiosas.
Ele, sempre analítico e com uma visão periférica excepcional. Eu, sempre sorridente... com esse jeito de menina-mulher, sempre atenta... sempre procurando os olhos dele.

Inteligência x Espontaneidade / Nerd-Canalha x Doce-de-leite-congelado

A conversa discorria com o mesmo ritmo, a mesma cumplicidade. Ele percebia as covinhas quando eu sorria. Eu percebia seus olhos apertados. A fluência era, algumas vezes, interrompida pelo meu cantarolar de uma música oriunda da "MPB ao vivo".
Antes de qualquer coisa, havia amizade e confiança entre nós. Mesmo com um discurso qualquer, onde apareciam palavras como "dicotomia", havia liberdade... nos sentíamos à vontade. A educação dele me impressionou: sem esforço, casual e intrigante. [Por motivos que não vêm ao caso!]

Aquela nossa brincadeira de deduzir pensamentos e situações tinha a mesma graça pessoalmente. No entanto, esperamos a hora certa. Cadeiras mais próximas, cheiro no ombro... no pescoço... o toque nos lábios. A atração inevitável dos pólos opostos. Uma mão entre meus cabelos, que apertava minha nuca. Esse foi o "up".
O beijo foi desajeitado, como só eu conseguiria! [Risos] Formas diferentes de beijar... mas isso não desencorajava, pelo contrário, me animava a brincar com as diferenças. É... as pessoas começaram a ficar curiosas a nosso respeito... olhando demais, daquela forma que começa a incomodar.
Merecíamos privacidade... e conseguimos. Em meio ao meu jeito bonzinho proposital-natural e à maldade arraigada dele. Provocando... brincando... com uma irresponsabilidade consciente quanto ao que estava aquém do momento.

Até que ele me ofereceu o ombro para encostar a cabeça, e mexendo nos meus cabelos, em silêncio, adormeceu. Ali [na lágrima que escorria despercebida] estava toda a minha fragilidade, minha confiança e a proteção carinhosa dele. Eu fiquei a analisá-lo... meio boba, meio má [Não vou contar o porquê!].
Não houve decepção.
Agora ele me conhece, como sou... sem que eu precisasse ser malvada. E eu conheci seu lado passional... consegui identificar o momento exato em que toda aquela racionalidade derreteu.
Na despedida, eu [Doce-de-leite-descongelado] ensaiei aquele meu velho sorriso de quem vai fugir... Não esperei para ver a expressão do Nerd-Carinhoso, ou eu jamais teria ido embora.
Deixo Leoni falar por mim:

"Não fala nada, deixa tudo assim por mim
Eu não me importo se nós não somos bem assim
É tudo real nas minhas mentiras,
E assim não faz mal,
E assim não, me faz mal não

(...)

Não vem agora, com essas insinuações
Dos seus defeitos ou de algum medo normal
Será que você, não é nada que eu penso?
Também se não for, não faz mal
Não me faz mal, não!"

Sua, sempre sua...
Doce-de-leite-descongelado.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Maldade-boa


A maldade...
Sim, a maldade!
Ação enlouquecedora que nos faz um pouco mais passionais em meio ao mergulho na racionalidade. Quem consegue descrevê-la pragmaticamente? Quem entende seus motivos? Quem a propaga?
Eu não sei responder!
Normalmente eu faria uma analogia ao que penso, citando pensamentos e pensadores.
Não hoje.
Não agora.
Hoje, eu enxerguei uma maldade diferente. Uma maldade simplória, que faz doer por ser benevolente.
Impossível? Não, perfeitamente plausível!
Pense comigo... procure um conceito para ela!
Não conseguiu ser objetivo? Não ficou satisfeito com o seu conceito? Adicionaria emendas ao seu conceito final? Como pode? Não sabe?
Tente um pouco mais... Vamos, se esforce!
Sim, somos meros conceitos deformados.
Daqueles que podem ser acrescidos a cada dia.
Dos que fogem ao senso-comum.
Dos que embriagam a alma, desordenam pensamentos, embaraçam o coração.
Já ouvi de um Canalha que adoro clichês. Penso não ser de todo verdade. Os uso, deveras! Mas por uma questão de praticidade... por muitas vezes não conseguir traduzir em palavras meus pensamentos.
Eu gostaria que enxergassem em mim um pouco mais que clichês!
Tenho encontrado ótimos blogs, feito parceiros, amigos... Mas sempre me dizem que não detectam a maldade aqui abordada. Que sou muito boazinha. E os digo, a maldade é um leque... uma lua mudando de fase... um rio contra as pedras... é preciso fugir de conceitos para entendê-la.
Não procure nas entrelinhas... procure desamarrar sua idéia-fixa-cega.
Espera que eu defina a maldade-boa? Não posso... não sei!
Posso contar um fato que ajudaria na compreensão:
Depois de muito tempo você reencontra alguém que já fez parte da sua vida. Tinha uma opinião formada sobre ele... jamais cogitou a possibilidade de uma nova aproximação. De fato, se reencontram... se redescobrem. E quando poderiam fazer outras coisas ditas casuais, preferem continuar conversando, ainda estarrecidos na descoberta de um alguém diferente. E caem as máscaras, os conceitos, as palavras... e se beijam. Fica, enquanto retorna para casa, aquela sensação de que é preciso mais tempo para entender a situação, para o conhecer um pouco mais... Afinal, quando um velho affair desperta um novo interesse não é por acaso... é por tato, FATO!
E onde está a maldade-boa? Não a vê? [risos]
Ela está na conversa inflamada, que queria falar outras coisas... e as fala por intermédio dessa sua sensualidade na oratória... e olho-no-olho se descreve, tentando mostrar que os conceitos são falhos... e respondendo perguntas retóricas do jeito que só a maldade é capaz. Sendo má querendo fazer o bem. Sendo boa fazendo o mal. No meio da conversa boba cravando espinhos, que podem ferir ou acalentar... Então, de volta ao seu mundo, lembra de alguém [meio-desconhecido] e se desconcerta. Sentindo falta de compreender o que confunde e, por isso mesmo, ficar confusa. Mesmo podendo e querendo, se recusa a comparar os alguéns... por serem diferentes e iguais ao mesmo tempo... por confundirem seus pensamentos por motivos diferentes, mas da mesma forma.
Eu poderia tentar traduzir essa maldade que me povoa. Já foi ruim... já foi cínica... já foi esnobe... já foi vã... já foi burra!
Hoje ela é boa, embriagante e envolvente.
Só para não fugir ao meu estilo, deixo Nietzsche falar por mim: Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.
Meu beijo envenenado de maldade-boa...
Sua e sempre sua,
Srta Emy.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Dardos


" Reconhecer os valores que cada blogueiro mostra a cada dia, seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Em suma demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras..."
Txa......
Primeiro selo do Malvada, Eu?!
Recebi do Blog da Mulher Diferente, que já estava linkadíssimo por aqui!
Deveras agradecida pelo carinho, e muito contente!!
De acordo com o que entendi, devo repassar o selo para mais 6 blogs... indico:
A Princesa e o Canalha
Cadinho Roco
Filosofia do sexo
Mulher Comum
Num Kerdito
Pecados diários

Vale a pena visitar cada um deles, e todos encontram-se linkados do ladinho [Maldades alheias].
Me desmanchando em sorrisos...

sábado, 4 de outubro de 2008

Começo ou fim??

Voltando aqui só para expressar minha decepção...
Entenda, decepção comigo e com a vida!
Me sentindo um grão de areia no meio da imensidão do mar.
Sabe aquela roupa velha, que um dia você não tirava do corpo? Mas que agora está jogada e mofando em algum lugar no fundo de uma gaveta?
Lembra aquele livro que você um dia achou super interessante, mas que agora parece um conto de fadas tosco?
Aquele CD que arranhou de tanto você ouvir, mas que agora vive coberto de poeira? É, você não quer mais ouvir, nem ver... te relembra coisas inoportunas no seu cotidiano fabulosamente novo!
Reconhece aquele amigo de todas as horas, com quem dividia as alegrias e, principalmente, corria em busca do ombro nas tristezas? Ele continua no mesmo lugar... mas você finge que nem lembra onde ele mora!
Me sinto mais ou menos assim... só que pior!
Sabe os desenhos animados? Os personagens correm e passam direto no precipício... mas eles nem caem! Quando olham pra baixo e se dão conta que estão suspensos no ar, sentem aquele frio na barriga... aquela sensação de desmoronamento, desproteção... É aí que caem!
O segredo da vida é isso: nunca olhar pra baixo!
Clichê, mas é tudo que consigo lembrar quando sinto essa sensação de começo-mal-terminado!


Meu beijo, menos malvado e mais dolorido...
Sua, sempre sua...
Srta Emy.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Vulgaridade

Hoje o post é em defesa própria!
Vulgar, eu?!
Ora, tenho um conceito diferente acerca da vulgaridade. E posso dizer, sem medo de me tornar hipócrita, que ESSE BLOG NÃO É VULGAR!
O que tem demais com a malvadinha loira que povoa esse blog? Nem! Não sou loira, não! Moreninha com sabor de pecado... Mas essa loira aí de cima foi presente de uma princesa amiga minha. Tenho certeza que dado com muito carinho e sem más intenções. A loira, antes de qualquer coisa traduz a ironia inerente... a sensualidade derramada... e uma quase inocência escondida.
Não venho aqui defender loiras ou morenas... nem espero que os comentários abordem esse assunto. Abordo aqui a vulgaridade que disseram transmitir esse cantinho.
Jonh Ruskin teoriza que "A essência da vulgaridade está na falta de sensibilidade." E, convenhamos que a falta de sensibilidade é um terrível defeito.
Shakespeare traduz exatamente meu pensamento ao preconizar o "Seja íntimo, mas nunca vulgar." Eu procuro essa intimidade cascateante a cada dia, e acredite, sem nenhuma intenção de ser vulgar!
Até Cervantes emplaca um: "Quem não sabe nada, seja ele senhor ou príncipe, deve ser incluído no número das pessoas vulgares." Então, Sabedores Do Que É Vulgaridade, vocês não entenderam nada de nada...
Me peguei pensando se meus crimes são vulgares. Pequenos-crimes-diários-malvados-inconsequentes. No entanto, em cada um deles existe uma pitada de humor que nem negro é! Humor para poucos e bons entendedores, que já devem ter entendido o título sarcástico do blog, bem como de minhas inocentes maldades. [Ironia?!] Wilde me responde com "Todo crime é vulgar, exatamente como toda vulgaridade é um crime." [Paradoxal!]
Carrego a vida como quem carrega um baú de ilusões, retirando uma delas a cada queda e substituindo-a por sorrisos... todos belos e desconcertantes.
Ser vulgar é passar na rua e aquele cara com ar de tarado soltar um "Ai delícia!"? Ou atravessar uma passarela lotada e desviar os olhares todos para mim? Usar roupas sensuais, mas com bom gosto e discrição, e ainda assim roubar a cena? Derreter marmanjos com um belo sorriso? Dizer o que penso com um olhar e receber em troca mil beijos?
Putz... pura intriga da oposição! Inveja dos que não têm a sensualidade inflamada de fazer nada e ser sexy!
Henrik Ibsen profere: "Finge ignorar os teus inimigos; não caias na vulgaridade de defender-te." Embora minha sinceridade estonteante não me deixe fingir e minha falta de inimigos não permita minha defesa. Sim, pois inimigos são estimulantes!


Vulgaridade, vulgaridade que me acossa.
Ah, compraram-me a cidade e o homem.
Faz-me ter a tua cólera sem nome:
já me cansa esta missão de rosa.


Vês o vulgar? Esse vulgar faz-me pena,
falta-me o ar e onde falta fico.
Quem me dera não compreender, mas não posso:
é a vulgaridade que me envenena.

(Alfonsina Storni)

Deixo meu inocente sorriso malvado acompanhado de uma piscadela...
Sua, sempre sua [e agora vulgar!]...
Srta Emy.




terça-feira, 9 de setembro de 2008

O Encontro




Eis que por força do acaso, ou quem sabe, por ironia do destino, encontrei pessoas especiais.
Pessoas que não me olham a carapaça.
Pessoas que exprimem uma espontaneidade contagiante.
Pessoas de sorriso fácil, mas nem por isso falso.
Pessoas que me proporcionaram momentos maravilhosos.
Eis que o acaso, ou quem dirá, o tal destino me presenteou com novas amizades.
Minha alma derrama contentamento e me vejo sorrir como há muito não conseguia.
Foi nessa simplicidade de encontro que surgiu o Malvada, Eu?!, não o blog... O Grupo!
E foram muitos: Uuuuuuiiiiiiii.....Canaaaalhaaaaa!!!
E as expressões, antes minhas, foram incorporadas instantaneamente. As histórias de vida contadas em minutos. As canalhices confidenciadas descarrilhando risadas desproporcionais.
Isso... encontrei as parêias, como dizemos por aqui!
O Malvada, Eu?! nasce com 6 integrantes. Acredite... seis que valem por mil! Prometendo malvadear pelo mundo afora...
Não estranhe se no final do post a autoria for de outra malvada. Apresentando:
  • Malvada Consciente

  • Malvada Cuscuz

  • Malvada Tiazinha
  • Malvada Cruzada de Perna

  • Malvada Estúpida

  • Malvada Senvergoinha --> a sua Srta Emy

Maiores informações serão dadas nos próximos posts. O porquê dos pseudônimos só nós sabemos! Aahauhauah... e, quem sabe, o canalha que tiver a sorte de descobrir!

Desse encontro surge, antes de qualquer coisa, uma amizade... um laço invisível que nos une. Já espero, ansiosamente, pela próxima reunião no Clube da Malvadxinha.
Aproveito o estupendo acontecimento para falar sobre amizade...

Malvada,


Quando você estiver triste...
Eu vou te deixar bebaça e te ajudar a planejar uma vingança contra o fdp que te deixou assim.

Quando você me olhar com desespero...
Eu vou enfiar o dedo na sua goela e te fazer pôr pra fora o que estiver te engasgando.

Quando você sorrir...
Eu vou saber que você finalmente deu uns "pega".

Quando você sentir medo...
Eu vou te chamar de patreca e tirar uma da sua cara sempre que tiver chance.

Quando você estiver preocupada...
Eu vou contar histórias horríveis sobre o quão pior você poderia estar, te mandando parar de choramingar.

Quando você estiver confusa...
Eu vou explicar pra você com palavras bem simples, porque eu sei o quanto você é burra.

Quando você estiver doente...
Fique bem longe de mim até se curar. Eu é que não quero pegar o que quer que você tenha!

Quando você cair...
Eu vou apontar pra você e me cagar de rir do seu desengonço.

Você me pergunta: "Por quê?"
Porque você é minha amiga!


Alguém já disse que A amizade nasce no momento em que uma pessoa diz para outra: “O quê? Você também? Pensei que eu fosse o único!” e que Amigo é aquela pessoa com quem nos atrevemos a ser o que somos verdadeiramente. Tim McGrew, acreditava que "Todos nós tomamos diferentes trilhas na vida; mas, não importa aonde vamos, aproveitamos um pouco de cada uma delas em toda parte. Eu concordo com Chaplin quando ele traduz:

"Durante a nossa vida: Conhecemos pessoas que vêm e que ficam, outras que vêm e passam. Existem aquelas que vêm, ficam e depois de algum tempo se vão. Mas existem aquelas que vêm e se vão com uma enorme vontade de ficar..."

E é com o mesmo Chaplin que digo às Malvadas:

"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha; é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso."

Encontrei cinco malvadas sozinhas para povoar minha solidão... Já tenho um pouco de cada uma e sempre deixo um pouco de mim.


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sobre beijos


Beijo
Um Beijo
Só preciso de um beijo
Mas não um beijo qualquer
Um beijo que comece devagar, num estalinho
Como aqueles que você gosta de me dar, ao redor, do lado da boca
Meio que provando um gosto, saboreando
Depois, te beijo gostoso, molhado
Com vontade
Explorando tua língua
Dessa vez, de verdade
Sem culpa, sem medo
Apenas beijo
Longa e demoradamente
Até sentir que você agora é minha
Até sentir que não foi só a tua pele que foi beijada
Nem tua boca apenas
Mas tua alma
Sim, quero te beijar longa e demoradamente
Até sentir que tua alma foi beijada
E que daí a vontade apareça, de forma natural
De querer beijar mais e mais
Até não existir mais eu
Nem você
Apenas nós, ligados por um beijo
Começando tudo com um beijo
Vivendo por um beijo
Desejando um beijo
Tua boca na minha
Teu olhar, agora embevecido
Já não se importa com nada
Apenas quer que não acabe mais
O beijo
Que começou de um estalinho
E se tornou carinho
Dentro do meu, seu coração...


[Chico Piancó Neto]

Jean Rostand já dizia que "Um beijo é um segredo que se diz na boca e não no ouvido".
Cazuza definia: "Beijo é o fósforo aceso na palha seca do amor".
Acredito que não se possa definir a sensação de receber um bom beijo...
De imaginar como seria o beijo da boca desejada...
De sentir a textura e a umidade dos lábios...
De fechar os olhos para se entregar a uma única sensação...
Não sei!
Realmente não sei definir...
Mas deixo meu beijo envenenado de maldade boa...

Sua, sempre sua...
Srta. Emy.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Pecados

"Todo o pecado é um tipo de mentira", dizia Lutero. Eu me pergunto: será mesmo?!
Será pecado acreditar que nas pessoas que me fizeram mal existe algo de bom?
Será pecado acreditar que elas não são falsas? Que tudo aquilo que disseram era sincero?
Será pecado não relembrar o passado para não sentir meu coração doer?
Será pecado olhar para trás e fingir que eu não sou mais nada daquilo que vejo?
Será pecado querer um pouco de paz na minha agonia diária?
Eu acho que cometi pecados homéricos!
Sim, devo ter pregado chiclete na cruz do Cristo!
Cometi muitas maldades. Conscientemente.
Machuquei pessoas que me amavam.
Conquistei paixões somente para vê-las partindo.
Despertei o desejo de muitos somente para massagear meu ego.
Meti o dedo na ferida dos que me provocaram.
Fiz pessoas se esforçarem para me agradar, quando eu sabia que de nada adiantaria.
Dei o número do meu celular e nunca atendi as ligações.
Já brinquei com a virilidade dos que me despertaram desejo. Simplesmente pela sádica vontade de vê-los me desejarem... quando eu não mais queria.
Eu já espanquei o coração de alguém especial. Já mesmo! Aquele cara bacana... aquele que é para casar, sabe? Sentindo a tristeza dele no olhar. Segurando as minhas lágrimas para me sentir má.
Eu já fiquei com caras comprometidos. Mesmo! Muitas vezes! E ainda os fiz terminarem o compromisso... só pelo sadismo de dispensar.
Eu desejo estar sozinha somente para não impor minha presença aos demais. Porque eu não sou uma pessoa boazinha!
Não!
Eu sou má!
Eu consigo atrair minhas presas com jogos infantis.
Conduzindo ao sofrimento lentamente.
Fazendo-os desejarem estar comigo mesmo que sofram.
Eu consigo ser fria e calculista como ninguém. Talvez com raras exceções!
Eu posso calcular estratégias mirabolantes que sempre vão dar certo. E em todas elas existe malícia, com uma certa dose de pensamentos maquiavélicos... com um desprendimento incrível.
Você deve está pensando: Louca! Sádica!
Eu me pergunto o porquê de tudo isso.
Um psicólogo diria que eu sofri traumas que deformaram alguma coisa na minha personalidade.
Aahuahauah...
Eu digo: Não se engane... eu consigo ser má! Mas nem por isso deixei de sofrer traumas. Ah, sofri muitos... continuo sofrendo.
O meu problema é outro!
Sabe quando você não entende como alguém foi capaz de machucar você tão impiedosamente? Pois é, eu queria entender isso!
Eu brinco de contar verdades nem tão verdadeiras... Ora, mas se nenhuma verdade é absoluta!
Cometi tantos pecados...
Foram grandes, pequenos, inoportunos, diários e alguns até sem querer!
O pior dos meus pecados foi um dia tentar deixar de ser Eu.
Oscar Wilde disse que "Não há outro pecado além da estupidez". Serei estúpida por pecar ou por tentar não pecar?
Depois, o mesmo Wilde disse que "Só há um pecado: ser tolo". Serei estúpida ou tola?
Prefiro definir segundo Ronye Pires em Pecado:

De um jardim de flores de perfume sutil
Pétalas ao chão no caminho ao infinito
Fruto proibido com sabor de pecado
Olhar de criança com sorriso bonito

Meu ódio e meu prazer
Meu ópio envenenado
Amor assim, cego e inevitável
Diferença pura entre certo e errado

Formas em curvas, cores em sonhos
Corpo perfeito com toque sublime
Redime minhas dores, mas não meus pecados
Correndo o risco cometo meu crime

Entrego-lhe minha alma e meu desejo
Meu ódio, meu tudo, minha dor
E como todo pecado é pecado
Espero calado o mais puro amor


Não, não, não! Não se engane... eu peco por mim. Doeria mais nas vítimas se eu parasse de pecar... Deixo em cada pecado, minha lembrança doce de uma mentira verdadeira.

Sua, sempre sua...
Srta Emy.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sozinha

Eu preciso ficar sozinhaaaaaaaaaaa!!!!!!!
Não é sozinha de relacionamentos.
Não é sozinha só para ficar algumas horas.
Não é sozinha na melancolia.
Não é sozinha na nostalgia.
Não é sozinha olhando o mar, nem percebendo o quão embaçada está a linha do horizonte.
Não é sozinha sentindo os pingos da chuva batendo na pele e poder abrir os braços, com os olhos fechados.
Não é sozinha apreciando o bater do vento nos cachos do cabelo.
Não é sozinha olhando o espelho.
Não é sozinha a passear na cidade barulhenta.
Não é sozinha na trilha do bosque querendo sentir a natureza.
Não é sozinha solitária.
É sozinha!
Sozinha de pessoas inoportunas.
Sozinha do meu lado chato.
Sozinha para dormir até quando eu quiser acordar.
Sozinha para encontrar minhas coisas sempre no mesmo lugar.
Sozinha para comer o que eu tenho vontade.
Sozinha para tomar meu porre de coca cola e ninguém reclamar.
Sozinha para poder usar meu pc a hora que quiser.
Sozinha para não ir na aula do professor idiota.
Sozinha para fazer as coisas na hora que me convém.
Sozinha para não ter que aturar o mau humor dos outros.
Sozinha para deixar de ser sozinha no momento em que eu não mais suportar minha presença.
Sozinha para poder convidar a companhia interessante que eu tanto quero desfrutar.
Sozinha para desfrutar da solidão.
Não, eu não estou depressiva... é raiva mesmo!
Raiva por me roubarem meu direito de estar sozinha.
Raiva por ter que dar satisfações a quem nem me interessa.
Raiva por não ter explicado a alguém que eu gosto de ficar sozinha, e que eu não gosto muito de pensar no contrário.
Raiva por ainda não ter me formado nesse raio de curso que me desenlouqueceu.
Raiva por ter aproveitado minha liberdade tão bem que sinto falta dela.
Sim, eu quero ser livre!
Livre de mim.
Livre de você.
Livre do outro.
Livre da faculdade.
Livre da cobrança dos amigos.
Livre dos parentes.
Livre das dívidas.
Simplesmente livre para ser Eu!
Eu quero ficar sozinha para ser livre... ou livre para ser sozinha!
Mas eu quero, entende?
Não?
Nem Eu!

Eu odeio mulherzinha!

Sem graça, sem alça, sem classe
Sonsa, se faz de santa, de tonta
Não tem mistério, nada de especial
Nunca sai do sério, falta sal
Não dança sozinha
Não bebe caipirinha
Faz tipo de boazinha
Até que é bonitinha...
Na balada só bebe água
Faz o tipo bem comportada
Parece marionete programada
Só fala quando é acionada
Então por que os caras querem te namorar?
Será que é porque pensam que podem te controlar?
Acontece que no fundo você manipula
Segue direitinho a receita da bula
Chega de mansinho como quem não quer nada
E se enfia logo no posto de namorada
Eles não vêem o perigo disfarçado
Não percebem seu jeito inocente mascarado
Essa tua cara de alface molhado
Fingindo incapacidade de olhar pro lado
Você não é feia nem bonita
Não é chata nem legal
O que realmente irrita
É que você é muito normal.

Lendo isso em algum lugar, achei interessante...
Mas, penso cá com os meus botões [diga-se meio desmiolados todos]: O bom mesmo é ser MALVADA!
E nem ouse se perguntar o porquê!
Para as desavisadas [rs]:
  • Malvada não mente, omite os fatos;
  • Malvada não fofoca, troca informações;
  • Malvada não trai, se vinga;
  • Malvada não fica bêbada, entra em estado de alegria;
  • Malvada nunca xinga, só é sincera;
  • Malvada não grita, testa as cordas vocais;
  • Malvada nunca chora, lava as pupilas dos olhos com freqüência;
  • Malvada nunca olha para um homem sarado com segundas intenções, mas com terceiras, quartas e quintas;
  • Malvada sempre entende o que homem diz, só pede que explique novamente para testar sua capacidade de raciocínio;
  • Malvada não sente preguiça, descansa a beleza;
  • Malvada nunca sofre por amor, confunde os sentimentos;
  • Se não quer uma Malvada, tem quem queira;
  • Se realmente não quer, é porque não merece;
  • Malvada nega tudo até a morte;
  • Malvada não confia em homens, mesmo que sejam irmãos;
  • Amigo de Malvada é cabeleireiro, mas se mesmo assim ela quiser manter um amigo, nunca conta para ele suas estratégias de guerra nem muito menos suas vitórias;
  • Figurinha repetida não completa álbum, mas Ela tem aquelas figurinhas premiadas, adesivas, brilhosas e perfumadas;
  • Malvada mantém sempre a famosa agenda telefônica;
  • Malvada cozinha todos os homens em banho-maria: demora, mas afinal nunca se sabe quando vai precisar de um;
  • Malvada nunca deixa cair a qualidade;
  • Malvada tem sempre um titular e um enorme banco de reservas;
  • Malvada nunca deixa de estar em todos os lugares e, se não for possível, tem sempre um X9;
  • Malvada trata homens como um bom vinho: mantido na horizontal, no escuro e com a rolha na boca!
  • Malvada nunca engana os homens, pratica o que aprendeu com eles!!

[Príncipe Encantado? Que nada! Bom mesmo é o Lobo Mau... que te ouve melhor... que te vê melhor e ainda te come!!]

[Continua...]

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Aos meus canalhas

Sim, preciso de uma candidato a ser a próxima vítima!
Please!
Como diria O Nerd-Canalha: Aviê!
Me desmancho em beijos...

Descoberta piegas

Bem, não sei por onde começar!
Começar a falar sobre algo tão repentino.
Talvez você devesse dizer surpreendente, uma vez que nem você acreditava (e acredite, ninguém!) ser possível acontecê-lo.
Ao mesmo tempo é algo tão previsível. Até mesmo evidente.
Sim, realmente era a pessoa que você estava procurando!E é aí que mora o perigo! Não saber se encontrou ou se foi encontrada. Para tanto, direi que nos descobrimos!
Bem piegas, não é mesmo?!
Mas como explicar uma química perfeita... uma sensação de bem-estar constante... o fato de discorrer sobre qualquer assunto com uma cumplicidade ímpar?
Errado. Não é paixão! É alguma coisa diferente... mais comum, mas com a mesma força arrebatadora.
Como se já conhecesse alguém há anos e a pessoa soubesse do que você gosta... como você gosta...e até o porquê de gostá-lo.
Como se você tivesse seus pensamentos roubados e, nem seu jeito fujão, é capaz de despistá-lo!
A característica mais marcante da sua personalidade se perdeu. Teria eu sido domada finalmente? Não consigo dissimular o que sinto, nem fugir do que penso ou, muito menos, falar da boca para fora!
Acho que, de repente, descobri ser uma outra pessoa...
Isso!
Uma garota piegas o bastante para ouvir repetidas vezes a mesma música. Relembrando os mínimos detalhes daquela última conversa. Dizendo sem receio que está com saudades. Se achando bonita ao mirar o espelho.
Renovada.
Diferente.
Uma menina descobrindo que já não pode chorar sozinha na escuridão do quarto comprido.
Com a mesma rapidez com a qual me descubro, sinto-me protegida.
Mais forte.
Mais madura.
Mais mulher.
O que realmente não queria descobrir é que não mais menina. E que não posso usar esse fato para mascarar minhas imprudências.
Sou responsável por tudo aquilo que digo, faço, escondo, demonstro e vivo.
Sim, descobrir-me mulher na beira de um precipício!
[Da caixa!]

A incerteza e a perfeição

Não sei...
De repente você se vê dividida entre coisas iguais. Coisas incertas. Coisas imprevisíveis.
É como escolher entre dois mundos que giram em torno daquilo que você buscava?
Bem, as coisas parecem vir a calhar nas horas mais estranhas. Sempre da pior forma possível. Ontem, você era uma garota chorosa... reclamando a falta de amar. Hoje, você é um coração dividido entre a atração e a novidade.
Sim, a culpa é realmente sua! Não por provocar tal coisa... [longe disso!] mas por não conseguir parar de desejar as duas coisas ao mesmo tempo.
É tão estranho ouvir aquela música que você atribuía ao Incerto lembrando do Perfeito. Mais estranho é não sentir a falta de um quando se encontra com o outro.
Loucura.
Você sempre fugiu dos problemas que não podia romper com esse orgulho. Sempre empinando esse nariz e se fazendo descrente. Sempre insistindo em não se envolver, mas se envolvendo com as pessoas erradas continuadamente.
O Perfeito faz tudo aquilo que você quer...
Errado!
Faz tudo aquilo que você queria que o Incerto fizesse.
Ao mesmo tempo, você adora o mistério da incerteza... Lembra que tudo começou com um desafio? Não seria o Incerto perfeito, também? Ou o Perfeito, também incerto?
Em meio ao agonizante conflito, do seu eu de ontem com seu eu de agora, você se sente a garota indefesa, incompreendida e até injustiçada.
Dramática, Eu?!
Não. É só seu velho jeito radical de tentar resolver um problema infinito!
Você tem três escolhas: o Perfeito, o Incerto e a solidão.
Na verdade você sempre tende a ser solitária. Ou talvez nunca quis se prender a nada.
O fato é que tudo continua como antes... você é que se descobriu diferente!
Conclusões precipitadas sempre servem para alguma coisa. Nem que seja para preparar o coração contra, as sempre bem-vindas, punhaladas.
A boba da corte não sabe se arriscar na incerteza.
Bem como, não consegue viver na perfeição.
[Ao Canalha-mor!]

A caixa

Quadrada.
Calma, não eu! A caixa.
Há quanto tempo venho garimpando essa vontade de abrir?
Medo.
De me ver refletida em cada lembrança... Olhando esses origames... Sentindo falta. Sim, falta de ser alguém que já não sou!
Ler cada cartão que eu devia ter queimado. Queimado junto com essa imensa saudade dele. É... as malvadas também amam!
Olhando para trás.
Sentindo o corpo quente dele me envolvendo na manhã de segunda-feira... Minha ex-super-perna-fantástica enroscada na dele. Hummm... Ouço-me dizer: me abraça mais um pouquinho! Sinto aquele cheiro de sexo bem feito. Minha mão habilidosa a percorrer cada palmo desse corpo que, apesar do tempo, consigo imaginar ao fechar meus olhos...
Aquela boca macia explorando meu lado menina... O maldito celular tocando... Minha incapacidade de deixá-lo ir embora... O sol entrando pela janela que já nem é minha!
Ainda bem.
Que já não acordo naquele quarto comprido. Que já não revejo as fotos por ele tiradas. Que já consigo viver sem seu beijo inebriante. Que minhas pernas não tremem ao vê-lo nem sinto essa angústia apertando meu coração.
Quem me dera!
Ser aquilo que você me diz ao telefone. Deletar essa caixa-surpresa. Tirar de mim essa fome de desejo. Arrancar da cabeça o que não me sai do coração.
Pena.
Eu poderia viver ao lado dele por toda a vida. Sim, eu poderia! Poderia passar horas o olhando dormir... com esse meu olhar parado... com esses meus dedos, tão bem, por ele domesticados.
Desisto.
Fecho a caixa.
Me procuro...
Cadê eu?!
Me visto.
Cadê minha máscara?!
Deixei na caixa a inocência de amar sem cobranças.
Me achei...
Malvada do coração de muitos. Bandida do potinho de mel derramado. Sonho de consumo de alguém que nem soube dar prazer. Amiga-amante-confidente-conselheira.
Indomável sensação de não ser de ninguém.
Eu...
Sempre sua...
A Srta Emy!

domingo, 24 de agosto de 2008

Da minha substancial incapacidade de me iludir

Ressaltando o elevado teor de cafeína em meu cérebro, além de uma adorável companhia no msn, aqui posto novamente!
É fato, eu sou cética.
Quanto a quê, se perguntem!?
Aos homens!
Vero... não acredito nem nas vírgulas do que me falam!Quiçá nas entrelinhas!
Gostaria efusivamente de acreditar no mais novo canalha que povoa minha mente. Sim, ele é encantador! Encantador quando diz que sou "adoravelmente malvada" ou "sedutoramente malvada"... ainda mais quando confessa uma briga com a namorada [garota boboca!] e que esse é o motivo do sono perdido.
Putz... mulheres são mesmo criaturas estranhas! [me incluo nesse patamar...] \o/
Quer saber, Sir Canalha B.? Espero que realmente vc esteja solteiro! Calma. Muita hora nessa calma! Se ela for esperta... não largará o osso. Até pq o mundo anda difícil para nós, mulheres incompreendidas!
Txa... dramática, eu?!
[/me parando pra refletir] Diria eu a ele!
Será mesmo que sou boazinha? Confesso... não sei.
Mais um fato: a cada dia que passa me sinto mais pessimista quanto a relacionamentos futuros.
Um Canalha me propõe relacionamento aberto. [Pqp!] Ainda consegue me explicar o que seria tal coisa! Definitivamente, essa barra eu não suporto. Sim, eu sou egoísta... diria até extremamente. Será que por ele eu aceitaria?!
Vero [2]: começando a me sentir sozinha...Nháaa! Quem será a próxima vítima? [rs]
Enfim... ficaria em paz se um dia, por ocasião do acaso, alguém me fizesse mudar algumas opiniões.

Ahhh.. antes que esqueça... boa pedida Sir Nerd-Canalha: fim de semana, cama, filme, bebendo qualquer coisa! [Uiii...]
E ao adorável Canalha-esnobe: eu realmente txa doru, bobinho!

Parafraseando Gio Gomes sobre o egoísmo: "Sentir, agir, se emocionar. Colocar outra pessoa em seu lugar. Ser solícito, disponível, abraçar o mundo. Olhar para si mesmo e se ver imundo. Sujeira acumulada por um estilo de viver, que dá espaço a todos menos a você. Sinto agora o peso da responsabilidade, de só observar agora a maior das verdades."


[Continua...]

Canalha!

Canalha, sim!
Que sabe conduzir aquela conversa rotineira com uma habilidade ímpar!
Que me deixa aquele ponto de interrogação a cada vez que digita: Ei...vou saindo!
Que me faz ter pressa por coisas que nem me interessavam mais.
Que consegue entender meu jeito malvado de ser... sem críticas!
Que consegue me deixar sem palavras...
Putz...pieguice!!!!
Eu seiiiiiiiii...
Eu gosto mesmo é da CANALHICE!
De como ele sabe descrever o beijo perfeito...
De como ele age perante uma vítima...
Desse jeito descompassado de envolver na sua teia...
De falar de sexo sem pudor... [Pqp!]
Issoooo...ele me persegue! Na cabeça... no sono... no msn... no orkut...
Ai ai ai... Pior é que eu gosto!
Gosto que ele saiba que eu não sou uma tola!
Que eu não precise fazer papel de mulherzinha!
Que ele entenda que eu sou mulher!
Que tenha noção do quão cruel eu posso ser... [Será?!]
Que eu possa brincar de ser uma malvada com bondades esporádicas... Ou seria uma boazinha com maldades frequentes???
[Como concluir o post???]
Como diria Rosane Coelho...
[Se meu olho raspa o teu... desvia, desconversa, desce...escorrega pra boca... desafia, conversa, permanece... invade; Atravessa. Olho no olho; olho na boca; boca na boca. Acontece...]
E ele é assim... Um canalha na pele de nerd!
Nerd-Canalha!

sábado, 23 de agosto de 2008

Comecemos...

Enfim, cá estou!
E, inversamente proporcional a minha vontade de escrever, postando pela primeira vez!
Não sei se o bichinho que chamam "Curiosidade" desencadeia alguma reação em você... Simplesmente me pergunto há anos se, realmente, sou malvada! Começaram os amigos a me denominar Malvadxinha... em decorrência os affairs... depois a família. Consequência: parece que me tornei uma! Será?
Na verdade, acho que não me enquadro em parâmetros.
Sim, eu adoro desafios!
Sim, eu brinco com os homens!
Sim, eu muitas vezes penso como um!
Sim, eu adoro sexo! [E não vejo problema nenhum em discutir o assunto!]
Sim, eu tenho a mania de ser sincera ao extremo!
Sim, eu sempre me ferro por isso!
E daí?!
Eu consigo ser doce como leite condensado. Agradável. Simpática. Tagarela! Mas, em uma questão de instantes, posso escorrer pelo seu esôfago desencadeando uma sufocante sensação de amargura... É, daquelas que falta até vontade de resistir! Daquelas que vão consumindo lentamente... Daquelas que trazem um arrependimento repentino e estupefante! E que te faz pensar: Pq eu fiz isso????
Tenho uma sensação fortíssima de ambiguidade... Por isso, escrevo! Falando comigo mesma... questionando até mesmo o inquestionável... Esperando que aqui, antes de assimilar opiniões, eu responda: Malvada, Eu?!