"Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e
sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade."
(Nietzsche)


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Boas novas

Antes tarde do que nunca, eis aqui a Malvadinha!
Desculpo-me desde já pela ausência e agradeço as visitas, comentários e selos.
Reiterando minha dificuldade quanto ao tempo e a net, venho cá para dividir com vocês minha felicidade.
A Malvada agora é casada e espera ansiosamente a chegada de sua baby.
Sim, vou ser mamãe!
Seria redundante tentar descrever o intraduzível. Sou toda expectativa e deleite de carinho.
Como já estou no 6º mês, corro com os preparativos... e não deixaria de comunicá-los minhas boas novas.
Ainda não decidi o nome da Invocadinha e aceito sugestões!
No mais, obrigada pelas visitas e congratulações!

Mamãe babona,
Srta Emy.

sábado, 2 de maio de 2009

Sobre decepções e reminiscências


Sem saber como começar a falar sobre, nem mesmo sobre o que preciso falar...
Digamos que minha vida girou 180 graus e não consigo organizar minhas idéias em meio a vã tentativa de me reequilibrar.
Parafraseando Lispector, "Não sei se quero descansar, por estar realmente cansada ou se quero descansar para desistir".
A verdade é que ando acumulando decepções, sendo a maior delas comigo mesma. E os sábios chineses já diziam que "As árvores mais duras são as primeiras a partir com o vento".


Não se perguntem como, nem o porquê... isso é desimportante.


Peguei-me a observar o mar da minha varanda e perdi a noção de tempo. Ora, Platão resmungaria que "O tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel." Sempre achei maravilhosa a sutileza da linha do horizonte, mas agora percebi que quando nos sentimos perdidos tudo faz mais sentido. Ou será que tudo só faz sentido por termos nos perdido?
Passei algum tempo a meditar sobre minha vida e, pasmem, eu perdi meu rumo. O que eu quero fazer amanhã? Não sei. Eu que sempre repeti Einstein com "Nunca penso no futuro, ele chega rápido demais" comecei a me sentir um grão de areia no deserto.
Em algum momento na vida percebemos que estamos sozinhos diante das nossas decisões, sendo este o motivo de não podermos culpar ninguém pela nossa falta de tato. Nesse momento de epifania visualizamos os erros homéricos já cometidos. A diferença é que recuso o arrependimento, ele é inútil e me faria perder tempo mais uma vez. Sêneca me apoiaria: "O homem que sofre antes do necessário, sofre mais que o necessário."
Se essas lágrimas teimosas me deixassem em paz, eu realmente teria paz? O calor delas muitas vezes me acalenta.
Cai uma chuva fina e erregelante. Nuvens escuras e carregadas se manifestam. Trovoadas num distante-perto. Qualquer semelhança com meu estado de espírito seria casual? Bah... também estou cética quanto à casualidade.
A máxima de Gonçalves Ribeiro ecoa em minha mente: "Para quem nada espera, o pouco muito representa."
De repente, muitas frases e pensadores turbilhonaram meus pensamentos. E, tola que sou, começo a refletir sobre o tempo que me resta.
Me veio La Fontaine com: "Nas asas do tempo, a tristeza voa."
Depois Thomas Edison: "Muitas falhas da vida acontecem quando as pessoas não percebem o quão perto estão quando desistem."
Até mesmo Chaplin: "Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido as verdades que eu insisto em dizer brincando."
Por vez o sussurrante Saint-Exupéry: "Em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos."
E Chamfort: "Há tolices bem embaladas, assim como há tolos bem-vestidos."
Se eu morresse amanhã teria deixado de viver e dizer muitas coisas. Sentiria saudade de muitas pessoas. Deixaria inúmeros planos inacabados. Embora isso tudo me entristecesse, me doeria pungentemente o ecoar das injúrias que precisei ouvir até me convencer do quão tola eu fui.
Sinto-me meio viva, meio morta. Já é o bastante para recolher-me aos lençóis e ouvir música o mais alto que conseguir.


Hoje eu aprendi que não adianta refletir sobre decepções, sobre o tempo ou sobre as pessoas. Como diria Bloch, "É impossível fazer qualquer coisa à prova de tolos, porque os tolos são muito engenhosos."
Em meio à loucura começo a rir ao lembrar Torelly: "Senso de humor é o sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria louco de raiva se acontecesse com você."
Ora, ora... até Sharon Stone sabe que o "Humor é uma forma de ser valente."
Mesmo louco, o sorriso voltou aos meus lábios já salgados. Pensei: De que me adiantaria fugir da vida, se o que verdadeiramente quero é vivê-la plena e intensamente junto aos meus???
Resolvi fazer como Mário Lago: "Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra."

Beijos malvados,
Srta Emy.

P.S.: Se perceberam minha rebeldia quanto às novas normas da Língua Portuguesa, acostumem-se a ela! Acho pueril emburrecer o conhecimento dos que o têm para massificar o analfabetismo.

quarta-feira, 25 de março de 2009

No covil da jararaca - Parte I



Eis que minha impaciência me obriga a desabafar sobre tão nobre assunto!
O grande Kafka argumentaria: "Todas as falhas humanas provêm da impaciência." Que seja!
Pareceria um blog de machos reclamões, caso não estivessem habituados ao meu humor negro...
Pois bem, minha sogra é uma jararaca!
Como tenho esse espaço gracioso e relevante para atormentar outras almas com minhas sandices, pergunto-me: Por que não abordar tal tema?
É fato consumado que ando mal-humorada, anti-social e estressada. [PRONTO, EU ASSUMO!] Mas perguntem-se o porquê da infâmia!
Ora, ora... é ela!
A priori deixarei claros alguns defeitos inerentes a essa reles Malvadinha:
1- Sou humanamente individualista, para tanto, odeio que cerquem meu espaço, minhas coisas, e PRINCIPALMENTE, que estiquem esse dedinho chamado indicador e se achem no direito de metê-lo nos assuntos que digam respeito somente, e sumariamente, a mim!
Ganivet sussurra à meia-voz: "A personalidade se acentua mediante o exercício."
2- Sou incapacitada de demonstrar sentimentos falsos. Em suma, odeio fazer caras e bocas para quem pouco me interessa. Se gosto percebe-se, se não...
Bem, hahaha... também é perceptível!
3- Fico indignada diante de injustiças. Tipo pessoas que nada fazem além de criticar o que os outros fizeram. Ou aquela pessoa que tenta infernizar a vida de alguém que deseja apenas conviver pacificamente.
Tácito murmura: "Quem se enfada pelas críticas, reconhece que as tenha merecido."
4- Necessito de um espaço reservado, onde eu possa ficar sozinha, surtar sozinha, chorar sozinha, onde ninguém mexa nas minhas coisas, onde tudo esteja como eu desejar.
Vero... sou realmente individualista!
5- Tenho uma tendência enorme a evitar brigas. Portanto, costumo ir juntando insultos... esperando o dia em que tal pessoa irá mudar... engolindo alguns desaforos... Tudo em nome da santa paz. Peraí... não sou um monge budista! Uma hora eu estouro. Aí mora o perigo... minha alma é estritamente vingativa!
Pois bem, acho que consegui situá-los quanto a minha personalidade "Foda-se quem me odeia!". Ora, mas "Só aos grandes homens cabe terem grandes defeitos.", minimizaria La Rochefoucauld.
Considerando os fatos supracitados... Estou em apuros!
É de conhecimento geral que estou namorando. Como meus leitores-amigos são espertos, perceberam que nossas personalidades são conflitantes.
O que ocorre quando dois malvados se apaixonam? Yeah! Ficam bonzinhos! [até que iniciam uma série de provocações mútuas!]. Como se já não bastasse isso, meu namorado Invocadão é também meu primo em 2° grau. [Essa é uma história meio demorada, volto a falar sobre isso em outro post...]. E se me faltavam problemas, ele tem uma mãe neurótica, ciumenta e maquiavélica.
Você deve estar pensando: P.Q.P.!
Em minha vida sogras nunca foram problemas. A primeira, apesar de pabulenta, me tratava muitíssimo bem. [até hoje acredita que voltarei a ser sua nora... Tsc!]. A segunda, entrou na minha vida como uma segunda mãe. E como ela mesma se denomina, é minha bruxa-madrinha. [com essa eu pude contar nos bons e maus momentos...] . Mas a terceira está sendo como uma das sete pragas do Egito! Êta mulherzinha intragável!
Conhecem a máxima: "Morar com sogra é fazer vestibular para o céu."? Eita... resume minha vida!
Eu tentei agradá-la, juro! E no início ela era um encanto. Bastou o namoro ser anunciado, começaram as farpinhas. Para tormento meu, preciso aturá-la!
Não posso negar minha essência malvada. Resolvi dividir com vocês tal escárnio porque Dona Encrenca passou dos limites.
É... ela tentou envenenar minha mãe contra mim. Chego a salivar só de pensar no desaforo. Não contente em infernizar meu namoro, ela resolve recorrer ao que considero mais sagrado: minha família. Prudente, Apostólio profetiza: "Muito ousar faz que se cometam muitos erros."
Pára tudoooooooooo!!!!!! Agora pisou forte no calo!
Tenho a sorte de possuir uma mãe astuta, que não engole qualquer conversinha. Em uma visita ela percebeu o ninho de cobras no qual me meti. Como não poderia ser diferente, a Sra Malvada avisou-me do ocorrido. Com toda a sua diplomacia, pediu-me para ignorar. Sem saber, ela apoiou-se em Gracian, quando ele diz: "Não há maior vingança do que o esquecimento."
Estou tentando, leitores-amigos. Estou tentando ignorar...
Tem sido difícil, por isso esse mau-humor constante... essa vontade de fazer nada... essas reações explosivas diante de fatos pueris. Simplesmente não consigo mais viver nesse covil.
Digam-me: Sai daí, Emy!
Respondo: Não posso! Quero ficar perto dele... preciso dele para ser feliz!
Jamais transferiria o mau-estar. Antes de tudo, ela é a mãe do Invocadão e tal fato me impede de desejar ou fazer qualquer mal. Acabo por aborrecer-me com ele facilmente. [Deve ser uma resposta inconsciente à passividade dele diante da situação.]
Na verdade, eu queria que ele entendesse o quanto isso me afeta. O quanto me esforço, mesmo que não dê a entender, para ficar junto dele. Não devo ser muito boa falando!
Tenho plena consciência dos meus defeitos, bem como de minhas qualidades. Por que alguém não aceitaria uma nora bonita, inteligente, educada, de boa família e futuro promissor? [Sem falsa modéstia, por favor!] Bernard Shaw, toma a frente e responde: "Um homem nunca te diz algo, até que você o contradiga."
O Invocadão a defende: ela só tem ciúmes de você! Defendo-me com Cervantes: "São sempre desatinadas as vinganças por ciúmes."
Um grande amigo sabiamente me disse: Você se considera tão pequena a ponto de enumerar defeitos pelos quais ela te rejeita? Então eu lhe digo que é bem feito! Mas se desejar sair dessa de mãos limpas e consciência tranquila, siga o conselho da Sra Malvada, mas não esqueça de praticar suas pequenas maldades. Citou-me então, Beaumarchais: "Sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero."
Aquilo me doeu feito uma bofetada. Passei o dia todo a pensar no assunto, mais ranzinza do que de costume... distribuindo farpas aos demais. Eu preciso ter meu espaço... necessito ficar só. Decidi ter uma conversa téte-a-téte com ela e aproximei-me. Observei sua postura, sua expressão e o olhar. Entendi que esse é um jogo que se joga sem palavras. De nada adiantaria expor os fatos e argumentos. Ela não quer entender. Eu não vou desistir.
Elaborei a partir daí minha estratégia mirabolante. Deixarei-os sedentos de curiosidade... adianto que tomei por base Voltaire: "O segredo de aborrecer é dizer tudo". Digo-lhes, entretanto, que nem tudo é dito com palavras.

Um pouco mais aliviada,
Srta Emy.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Detalhes mudos



Novamente, inversamente proporcional a minha vontade de escrever: eu tento!

E quem diria que tentar fosse tão difícil?!
De acordo com Terêncio, "Nada é tão difícil que, à força de tentativas, não tenha resolução." Ouço Clapiers sussurrar que "Aquele que tudo pode suportar, tudo pode tentar."
Tenho absoluta certeza que não sou uma pessoa fácil. Ah não! Descrever-me complicada seria ir contra o que alguém, um dia, me ensinou. Segundo tal, eu sou complexa. Que seja!!
Eu odeio essa minha mania de analisar as coisas, as pessoas, as situações...
O fato é que sou teimosa.
Isso! E essa teimosia teima em não me abandonar.
Nietzsche proferiria a plenos pulmões: "Teimosia é firmeza de caráter adulterada pela estupidez." Beaman retrucaria que "A teimosia tem seu lado útil. Você sempre sabe o que estará pensando amanhã." Lavater participaria com "A teimosia é a força do fraco." Na verdade eu procuro acreditar em Gandhi quando, redundantemente sábio, ele diz: "As coisas que queremos e parecem impossíveis só podem ser conseguidas com uma teimosia pacífica."
Até hoje - e que isso fique bem claro - nunca deixei de tentar nada. Mas um dia eu já desisti de tentar... De que me valeram as tentativas, a insistência e todo esse blá blá blá?
Respondo: De pouca coisa além da consciência aliviada da culpa de não ter tentado.
Parece incrível que pequenos detalhes possam ser tão importantes. Aqueles detalhes que me faziam tão feliz e que agora se perderam entre a teimosia alheia e a minha própria.
Inconscientemente eu sempre paro nos detalhes. Talvez por ficar sempre me enganando ao achar que eles estão sempre lá, só eu que não os vejo!
Chega a ser cruel ser protagonista do mesmo filme. Ele vai se desenrolando diferente, mas a cena principal é a mesma.
Um dia eu desisti de falar. Doeu tanto em mim desistir... se não por ficar muda, por ter desistido de algo que eu queria. Consegui ficar muda por um bom tempo e até hoje não sei se foi bom ou ruim pra mim.
O que me levaria a desistir de falar???
Quando se desiste de um sonho, pode-se desistir de qualquer coisa por não ser possível sentir dor maior.
Vieram as curvas do destino e um vento sutil me possibilitou voltar a sonhar o mesmo sonho. Minha felicidade foi abafada pelo medo de perder pela segunda vez a oportunidade. Foi titubeada pela imensa responsabilidade que eu teria que assumir. Mas eu estava feliz... e isso é indescritível.
As mesmas curvas estão tentando roubar novamente meu sonho...
Apesar do medo de seguir sozinha, eu não quero desistir. A parte de mim que ficou viva da outra vez grita desesperadamente para que eu não a deixe morrer. O bom senso ecoa: "vai ser melhor assim".
O que fazer?
Estou tentando agoniantemente encontrar os detalhes. Os que me fazem sentir viva e forte e apoiada. Onde estão?
Ficaram mudos.
Por mais verdadeiras que sejam as minhas lágrimas, a minha fidelidade e o meu amor... de nada servem, não convencem!
Dessa vez não foi um vento que espalhou as folhas na minha vida. Foi um tufão. E quando tudo não poderia ficar mais difícil, torna-se um bilhete breve, desbotado e amassado. Dos que me dizem que a vida não depende só de mim. Dos que tentam ser descontraídos pra camuflar a tristeza. Dos que terminam sem ter dito nada e quando menos se espera. Dos que já rasgaram uma vez e eu teimei em consertar...
No meio do tufão eu grito: Não vou desistir!!!
Sozinha ou acompanhada... entre tempos e contratempos... triste ou feliz... apoiada ou contrariada... EU NÃO VOU DESISTIR DO MESMO SONHO POR DUAS VEZES!!!
E não é por ser teimosa... Não!
É por me saber forte!
As pessoas podem ir ou vir da minha vida e apesar de meio-morta eu vou suportar. Mas existe alguém que só pode vir se eu não desistir de tentar... e é por querer tanto esse alguém que vou continuar tentando.
Já disse Norman Peale: "O covarde nunca tenta, o fracassado nunca termina e o vencedor nunca desiste."
Por escolher ser forte,
Srta Emy.


P.S.: Minhas sinceras desculpas aos selos não publicados e aos memes não respondidos... assim que o tufão passar prometo lhes ser justa!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Sobre o medo e moscas

Txa...
Não consigo ficar muito longe daqui!
E quem diria que todos os meus planos seriam refeitos nos acréscimos do 2° tempo?
Quem diria que a malvada aqui tornaria a se apaixonar?
Ou, quem diria que recomeçar fosse inebriante pelas descobertas diárias e doloroso pelas cicatrizes carregadas.
A verdade é que na maioria das vezes eu sinto medo. E tenho medo de admitir o que sinto. Fico nesse comportamento autodestrutivo... esperando a hora em que vão tentar me enganar.
Bah!!!
Que é isso, Emy? Temendo? Fugindo novamente?
O pior é que essa é a verdade.
Essa minha mania consciente de fugir quando detecto perigo. Não querendo envolvimento. Dando meu jeito todo malvado de sumir do mundo.
Mas, para quê? Fugir de quem?
Evitar a felicidade com medo que ela acabe é o melhor meio de ser infeliz. [Ou o mais covarde!]
Lactanius profetizaria que "Onde o medo está presente, a sabedoria não consegue estar" .
Que bom que além de ser malvada, eu sou teimosa. Adoro contrariar. Odeio me sentir derrotada.
Segundo Twain, "Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo." Então, esse medo há de passar!
Stevenson diria: "Guarde seus medos para você mesmo, mas partilhe sua inspiração com todos." Estou a tentar a partilha do medo e da inspiração nesse momento! Afinal, Ford já resmungou um dia que " Insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência".
Eu tenho traumas... mas onde já se viu um Malvado sem causa? Começo a aprender que não importa o que tiraram de mim, e sim o que eu vou fazer com o que sobrou.
Eu tive coragem de dividir o que sinto com Ele [O Invocadão] . Talvez porque o abraço que recebo a cada declaração me passa a sensação de segurança. De que não estou mais sozinha... que eu posso confiar novamente.
A cada dia me entrego um pouco mais. Sim, isso é perigoso... bem como reconfortante. [Ok, tudo certo até aqui!]. Putz!!! Sempre tem uma mosca rondando nossa comida... E quando essa mosca ultrapassa os limites do tolerável? [P.Q.P!] Meu medo se torna raiva e minha raiva vira maldade.

Conheci desprazerosamente uma mosca atrevida que insistiu pacas para provar do Invocadão. A priori era bonitinha e todos os "zinhas" que são possíveis. Tipinho "umazinha" que te causa náuseas. [Pisando nos meus calos!]
Ok, honey! Cobiçar é humano... mas vamos com calma! Propositalmente xavecar meu namorado sob minhas vistas? [Hehehe... isso não dá certo!]. Algumas investidas e a Malvada aqui ainda fria. Algumas encaradas demarcando território e a mosca continua zuando. Uma Malvada jamais desce do salto por causa de uma "zinha", no entanto nunca deixa barato. Não fui tão malvada... isso me dá raiva até agora! A cada patada que recebia dele a mosca voltava mais serelepe... e a Malvada tomava mais uma cerveja. Seis cervejas não foram suficientes para aplacar a maldade que borbulhava dentro de mim. Prendi o Invocadão onde antes eu estava presa e impossibilitada de uma aproximação. Let's go, girl!

Eram 4 zinhas contra uma Malvada e sua cerveja. Coloquei-me bem do lado delas... com aquele meu olhar de "encosta um pouquinho mais que eu quero ver essa sua coragem!" Mas as "zinhas-acompanhantes" resolveram fazer o papel de coleguinhas da Malvada [e até puxaram conversa!]. A mosca abandonada perdeu as asas e encolheu-se. A Malvada respirou fundo umas 5 vezes e pensou: Se eu te pego!!!! [Hahaha...]
Eu deveria ter sido malvada...
Tudo bem, algo me diz que outras oportunidades virão e eu adoro derramar a maldade quando ela está arraigada.
Meu problema está em transferir a raiva. O Invocadão sentiu o gostinho do meu cinismo inflamado. Não me perguntem o porquê, nem como... transferi a raiva para ele e com ela toda minha provocação. Talvez por ter confidenciado tantas coisas em tão pouco tempo, ou por sentir algo nunca antes experimentado com outra pessoa. Freud não explica, mas profere que "Nenhum ser humamo é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos". O Invocadão percebe minha intenção mesmo quando visto meu disfarce.
Parafraseando Lao-Tsé: "Ser profundamente amado por alguém dá-nos força. Amar alguém profundamente dá-nos coragem!"
Declaradamente apaixonada,
Srta Emy.